quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Geometria Espacial



Geometria Espacial
Elementos do prisma
      Dados o prisma a seguir, consideramos os seguintes elementos:
  • bases:as regiões poligonais R e S
  • altura:a distância h entre os planos
  • arestas das bases:os lados ( dos polígonos)
  • arestas laterais:os segmentos
  • faces laterais: os paralelogramos AA'BB', BB'C'C, CC'D'D, DD'E'E, EE'A'A
Classificação
      Um prisma pode ser:
  • reto: quando as arestas laterais são perpendiculares aos planos das bases;
  • oblíquo: quando as arestas laterais são oblíquas aos planos das bases.
Veja:
prisma reto
prisma oblíquo
    Chamamos de prisma regular todo  prisma reto cujas bases são polígonos regulares:
prisma regular triangular
prisma regular hexagonal
Observação: As faces de um prisma regular são retângulos congruentes.

Secção
      Um plano que intercepte todas as arestas de um prisma determina nele uma região chamada secção do prisma.
        Secção transversal é uma região determinada pela intersecção do prisma com um plano paralelo aos planos das bases ( figura 1). Todas as secções transversais são congruentes ( figura 2).

Áreas
      Num prisma, distinguimos dois tipos de superfície:as faces e as bases. Assim, temos de considerar as seguintes áreas:
a) área de uma face (AF ):área de um dos paralelogramos que constituem as faces;
b) área lateral ( AL ):soma das áreas dos paralelogramos que formam as faces do prisma.
      No prisma regular, temos:
AL = n . AF (n = número de lados do polígono da base)
c) área da base (AB): área de um dos polígonos das bases;
d) área total ( AT): soma da área lateral com a área das bases
AT = AL + 2AB
      Vejamos um exemplo.
      Dado um prisma hexagonal regular de aresta da base a e aresta lateral h, temos:
     
Paralelepípedo
      Todo prisma cujas bases são paralelogramos recebe o nome de paralelepípedo.Assim, podemos ter:
a) paralelepípedo oblíquo
b) paralelepípedo reto
         Se o paralelepípedo  reto tem bases retangulares, ele é chamado de paralelepípedo reto-retângulo,ortoedro ou paralelepípedo retângulo.
 Paralelepípedo retângulo
      Seja o paralelepípedo retângulo de dimensões a, b e c da figura:
      Temos quatro arestas de medida a, quatro arestas de medida b e quatro arestas de medida c; as arestas indicadas pela mesma letra são paralelas.

Diagonais da base e do paralelepípedo
      Considere a figura a seguir:
db = diagonal da base
dp = diagonal do paralelepípedo
      Na base ABFE, temos:
         No triângulo AFD, temos:
Área lateral
      Sendo AL a área lateral de um paralelepípedo retângulo, temos:
AL= ac + bc + ac + bc = 2ac + 2bc =AL = 2(ac + bc)
  
Área total
      Planificando o paralelepípedo, verificamos que a área total é a soma das áreas de cada par de faces opostas:
AT= 2( ab + ac + bc)

Volume
      Por definição, unidade de volume é um cubo de aresta 1. Assim, considerando um paralelepípedo de dimensões 4, 2 e 2, podemos decompô-lo em 4 . 2 . 2 cubos de aresta 1:
      Então, o volume de um paralelepípedo retângulo de dimensões a, b e c é dado por:
V = abc
      Como o produto de duas dimensões resulta sempre na área de uma face e como qualquer face pode ser considerada como base, podemos dizer que o volume do paralelepípedo retângulo é o produto da área da base AB pela medida da altura h:


Cubo
      Um paralelepípedo retângulo com todas as arestas congruentes ( a= b = c) recebe o nome de cubo. Dessa forma, as seis faces são quadrados.
Diagonais da base e do cubo
      Considere a figura a seguir:
dc=diagonal do cubo
db = diagonal da base
     Na base ABCD, temos:
  No triângulo ACE, temos:
Área lateral
      A área lateral AL é dada pela área dos quadrados de lado a:
AL=4a2
Área total
      A área total AT é dada pela área dos seis quadrados de lado a:
AT=6a2
Volume
      De forma semelhante ao paralelepípedo retângulo, o volume de um cubo de aresta a é dado por:
V= a . a . a = a3
Generalização do volume de um prisma
      Para obter o volume de um prisma, vamos usar o princípio de Cavalieri ( matemático italiano, 1598 - 1697), que generaliza o conceito de volume para sólidos diversos.
      Dados dois sólidos com mesma altura e um plano , se todo plano, paralelo a , intercepta os sólidos e determina secções de mesma área, os sólidos têm volumes iguais:
        Se 1 é um paralelepípedo retângulo, então V2 = ABh.
       Assim, o volume de todo prisma e de todo paralelepípedo é o produto da área da base pela medida da altura:
Vprisma = ABh
Cilindro
      Na figura abaixo, temos dois planos paralelos e distintos,, um círculo R contido em e uma reta r que intercepta , mas não R:
      Para cada ponto C da região R, vamos considerar o segmento , paralelo à reta r :
      Assim, temos:
      Chamamos de cilindro, ou cilindro circular, o conjunto de todos os segmentos congruentes e paralelos a r.
  
Elementos do cilindro
      Dado o cilindro a seguir, consideramos os seguintes elementos:
  • bases: os círculos de centro O e O'e raios r
  • altura: a distância h entre os planos
  • geratriz: qualquer segmento de extremidades nos pontos das circunferências das bases ( por exemplo, ) e paralelo à reta r

    Classificação do Cilindro
          Um cilindro pode ser:
  • circular oblíquo: quando as geratrizes são oblíquas às bases;
  • circular reto: quando as geratrizes são perpendiculares às bases.
      Veja:
      O cilindro circular reto é também chamado de cilindro de revolução, por ser gerado pela rotação completa de um retângulo por um de seus lados. Assim, a rotação do retângulo ABCD pelo lado gera o cilindro a seguir:
      A reta contém os centros das bases e é o eixo do cilindro.

Secção
      Secção transversal é a região determinada pela intersecção do cilindro com um plano paralelo às bases. Todas as secções transversais são congruentes.
      Secção meridiana é a região determinada pela intersecção do cilindro com um plano que contém o eixo.